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lanche prensado com DNA de Maringá faz sucesso em São Paulo

lanche prensado com DNA de Maringá faz sucesso em São Paulo

Nesta terça-feira, 9 de setembro, é comemorado o Dia do Cachorro-Quente. Lanche típico de Maringá e marcado na história da cidade, o “dogão” prensado tem feito sucesso em outro canto do país. Em São Paulo (SP), uma lanchonete criada por maringaenses conquistou o coração dos paulistanos e tem se tornado um lugar para reviver memórias com aqueles que deixaram Maringá.

A lanchonete “Dogão de Maringá” fica na Avenida Ibirapuera e faz referências à Cidade Canção desde a fachada, com a silhueta da Catedral, até a decoração do espaço.

Mas é no cardápio que estão as maiores homenagens: com uma variedade de mais de 30 sabores, cada lanche leva o nome de um cantinho da cidade. Algumas das opções são o lanche UEM, o Bosque II, o Praça do Peladão, o lanche Kalahary, o Night Club, o Expoingá, o Catedral, o Ginásio Chico Neto, entre outros. Outros lanches foram inspirados em bairros e avenidas da cidade, como o lanche Jardim Alvorada, o Jardim Imperial, o Avenida Colombo, o Avenida Tiradentes e o Avenida Pedro Taques.

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Dia do Cachorro-Quente: lanche prensado com DNA de Maringá faz sucesso em São Paulo | Foto: Reprodução/Redes Sociais/@dogaodemaringa

O pão ainda é maringaense

Como em São Paulo não existe a cultura do lanche prensado, o Dogão de Maringá surpreendeu pela diferença em relação ao hot dog paulista, principalmente por conta do tipo do pão e, é claro, da maionese verde.

A dona do estabelecimento, Luciana Pastro, de 41 anos, conta que o pão utilizado nos lanches não é comercializado na capital paulista e, por conta disso, ela continua comprando o ingrediente em Maringá e o transporta para São Paulo.

— Nós somos a única lanchonete aqui em São Paulo que trabalha com esse pão. São Paulo, uma cidade igual a essa aqui, não faz esse tipo de pão. Então a gente compra de Maringá pra cá. Dia sim dia não, nos mandam os pães — explica Luciana.

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Foto: Reprodução

Outro diferencial, tipicamente maringaense, é a maionese verde. No “Dogão de Maringá” a iguaria é produzida no local e não fica de fora de nenhum pedido.

— O pessoal adora. O carro-chefe, né? São viciados na maionese.

Mas nem tudo conseguiu se manter fiel à cultura maringaense. A lanchonete precisou se render ao purê de batatas, comumente utilizado como ingrediente de hot dogs paulistas e item essencial no lanche para os moradores de São Paulo.

— Antigamente não tinha lanche com purê. Nós colocamos mais dois, que já vai purê no recheio. Porque paulista adora hot dog com purê. E também deixamos o purê como adicional pro cliente. Se ele quiser comer um hot dog com purê, ele pode adicionar em qualquer lanche. Aqui sem purê pra eles não funciona — conta Luciana em tom humorado.

Lanchonete foi inaugurada em 2008

Atualmente administrada por Luciana e seu namorado, Wagner Pereira, de 43 anos, além da ajuda da mãe Maria Inês, de 65, a lanchonete surgiu em 2008, já inspirada em Maringá, mas se chamava “Dogão do Genésio” – nome do cunhado de Luciana. A partir de 2016, passou a se chamar “Dogão de Maringá”.

— Minha irmã Laura e seu marido Genésio tiveram a ideia de abrir a lanchonete porque aqui em São Paulo não existem hot dogs assim, grandes e prensados. Depois, os dois voltaram para Maringá e eu e minha mãe assumimos o local. Mantivemos o cardápio, mudamos somente o nome do estabelecimento — relatou Luciana.

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Foto: Arquivo pessoal

A família maringaense se mudou para São Paulo ainda na década de 1990, quando Luciana tinha 10 anos de idade. Seu pai, advogado, mudou para a metrópole a trabalho, na época em que Laura já namorava Genésio. Com a mudança, o casal se separou, mas voltou a se reencontrar em Maringá anos depois e se casaram, rumando para São Paulo novamente.

Nos últimos anos, o espaço herdado passou por pequenas reformas, e as referências à Maringá foram atualizadas. Quando os clientes entram na lanchonete se deparam logo com uma grande foto da Catedral de Maringá. No início, a foto era antiga, datada de 2001, mas deu lugar a uma nova foto deste ano, além de ganhar a companhia de registros do Parque do Ingá, do Estádio Willie Davids, da Praça do Peladão e de um mapa de Maringá.