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Maringá completa dois meses sem mortes no trânsito pela primeira vez em 23 anos

Maringá completa dois meses sem mortes no trânsito pela primeira vez em 23 anos

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Maringá está há dois meses consecutivos sem registrar mortes no trânsito pela primeira vez desde 2002, quando os óbitos passaram a ser registrados mês a mês. O período considerado é de 1º de janeiro a 13 de outubro. Levando em conta o início da série histórica de registros por ano, em 1998, este ano apresenta uma tendência de queda nos números de fatalidades.

Para o secretário de Segurança, Luiz Alves, a redução dos índices é resultado de uma política pública que prioriza a preservação da vida. “A queda nos números mostram que estamos no caminho certo. O trabalho integrado entre fiscalização, planejamento de trânsito e educação tem produzido resultados consistentes. Cada vida poupada representa uma vitória coletiva”, afirma.

Alves explica que o rigor na fiscalização tem levado ao recolhimento de veículos irregulares, que são “grandes geradores de infrações e causam riscos aos usuários do trânsito”, frisa. “Intensificamos no início do ano o trabalho de educação, além da fiscalização. No caso do Contorno Sul, houve um grande avanço desde que padronizamos o limite de velocidade em 60 quilômetros por hora em maio. E estamos há dois meses sem mortes no trânsito em Maringá”, acrescenta Alves.

A Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) realizou uma série de ações educativas em setembro, no ‘Mês da Mobilidade’. “Com apoio da imprensa temos mobilizado nossa comunidade a aderir a uma postura de maior atenção no trânsito, de respeito à sinalização e de redução da velocidade, e a abandonar condutas de risco como o excesso da velocidade e o uso do celular”, destaca o secretário de Mobilidade Urbana, Luciano Brito.

Tendência queda 

O levantamento mostra que o número de mortes vem caindo de forma constante. Em 2024, o município registrou 32 mortes no trânsito. Já em 2025, até o dia 13 de outubro, foram 23 vítimas que vieram a óbito. Uma estimativa que avalia a evolução dos números desde 1998 e que considera os dados parciais deste ano projeta um 2025 de trânsito menos letal: de janeiro a 13 outubro deste ano houve, em média, 2,3 mortes por mês, tendência que, se mantida, levará a um total projetado até dezembro de 25 mortes, a menor quantidade de óbitos no trânsito de toda a série histórica.

Perfil das vítimas 

Os motociclistas continuam sendo o grupo mais vulnerável, embora o número de mortes tenha caído de 15 em 2024 para 11 neste ano até o dia 13 de outubro, o que representa redução de 26,6% se o número se mantiver. Não foram registrados óbitos de motoristas de automóveis em 2025. Homens representam 81% dos óbitos, e, em geral, a maioria das vítimas tem entre 20 e 39 anos.

Contorno Sul 

Um dos fatores que contribuíram para a redução dos índices foi a padronização da velocidade máxima em 60 quilômetros por hora em toda a Avenida Prefeito Sincler Sambatti (Contorno Sul), implantada em 20 de maio de 2025. Após a mudança, o número de mortes na via caiu de quatro em 2024 para uma em 2025. “O Contorno Sul era um ponto crítico. A redução e a uniformização da velocidade tornaram o tráfego mais previsível e seguro, diminuindo a letalidade”, avalia o secretário de Segurança, Luiz Alves.

O secretário de Segurança destaca que o trabalho para garantir mais segurança no trânsito continuará a ser intensificado. “Ainda que tenhamos alcançado o menor número de mortes em quase três décadas, não há motivo para acomodação, e trabalharemos junto a outras secretarias para contribuir para a preservação de mais vidas, porque os números não são só números, são vidas perdidas e famílias em luto”, comenta Alves.