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Cafe On será em agosto no antigo prédio do IBC em Maringá

Cafe On será em agosto no antigo prédio do IBC em Maringá

Foi lançado nesta quarta-feira, 2, o Café ON 2025, evento que propõe um mergulho na tradição e na história do café, uma das bebidas mais consumidas do mundo e motor econômico responsável por erguer cidades inteiras no Paraná e no Brasil. Neste ano, o evento será realizado no antigo prédio do Instituto Brasileiro do Café (IBC), em Maringá, nos dias 2 e 3 de agosto, das 9h às 19h.

Além de celebrar o papel histórico da cafeicultura, o Café ON também traz novidades. A principal delas é uma exposição exclusiva do Museu do Café de Santos, referência nacional e internacional sobre o tema. A diretora criativa do evento, Danielle Cenerini, destaca a proposta como uma “jornada completa” do café — do agronegócio ao consumidor final.

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Foto: Ivan Amorin | Reprodução

“A gente traz inovação, como a cafeicultura se reinventou, como é o consumo hoje, com cafeterias incríveis que oferecem experiências sensoriais únicas”, explicou.

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A escolha do local do evento tem um peso simbólico. O antigo IBC foi um dos pilares do setor cafeeiro no país, e Maringá tem sua história entrelaçada ao grão. A Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória, ícone arquitetônico da cidade, foi construída com recursos obtidos por meio de doações de sacas de café, como relembra o jornalista Everton Barbosa, biógrafo de Dom Jaime Luiz Coelho.

“A moeda que subsidiou a construção da Catedral foi o café. Não foi dólar, não foi bitcoin, foi café. Dom Jaime organizava campanhas para arrecadar sacas em toda a diocese”, contou.

O evento também marca a abertura oficial da Virada Cultural de Maringá, segundo o secretário de Cultura, Tiago Valenciano. As Secretarias de Cultura e Aceleração Econômica estão apoiando institucionalmente o Café ON com estandes, rodas de conversa e ações de valorização da história da cafeicultura na região.

Do passado glorioso ao futuro promissor

Na década de 1970, o Paraná chegou a ter mais de um milhão de hectares dedicados ao cultivo do café. Mas a Geada Negra de 1975, que completa 50 anos neste mês de julho, devastou as lavouras. Atualmente, o estado conta com cerca de 25 mil hectares cultivados, mas especialistas veem grande potencial de retomada com foco em cafés especiais.

“Temos tecnologia, clima e mercado para produzir cafés de alta qualidade. É uma excelente oportunidade de renda para pequenas e médias propriedades”, afirmou Pedro Filho, gerente regional do IDR-Paraná.

A expectativa da organização é receber cerca de 5 mil visitantes por dia, entre produtores, baristas, cafeterias, fornecedores e amantes do café.