Destaques do Dia

Defesa alega que secretário de Fazenda foi confundido com homônimo em investigação da PF

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

A defesa do secretário de Fazenda de Maringá, Carlos Augusto Ferreira, afirma que ele foi confundido com um homônimo no inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga um suposto esquema de narcotráfico internacional. Ferreira foi alvo de um mandado de busca e apreensão na Operação Mafiusi, cumprido na quinta-feira (16) na residência que ele mora, em Maringá.

Na ocasião, a Polícia Federal apreendeu três automóveis de luxo e o celular dele. Na investigação, os agentes apontam uma suposta ligação entre o secretário e investigados por suspeita de participação em um esquema de lavagem de dinheiro, que teria como elo uma fintech de crédito onde Carlos Augusto Ferreira atuou como presidente.

Por meio de comunicado enviado à imprensa, no entanto, a defesa de Carlos Augusto alega que o “Carlos” que aparece nas conversas com os investigados – em prints anexos ao processo – seria, na verdade, outra pessoa.

O citado, conforme a defesa, seria na realidade Carlos de La Cruz, sócio da fintech no Brasil. A evidência que reforça a versão seria que o contato citado na investigação é um telefone dos Estados Unidos.

Ainda de acordo com a defesa de Carlos Augusto Ferreira, a informação já foi comunicada ao Ministério Público Federal para as “devidas providências”. Leia o comunicado da defesa de Carlos Augusto Ferreira na íntegra:

Nota de Esclarecimento – Carlos Augusto Ferreira

Depois de ser surpreendido ao ser alvo de mandado de busca e apreensão no âmbito de uma investigação, se recolheu para avaliar com cautela toda a documentação a que teve acesso, especialmente o que foi divulgado pela imprensa.

Durante essa análise, identificou uma falha grave: a principal evidência mencionada na investigação são prints de uma suposta conversa entre ele e um operador financeiro ligado ao tráfico internacional. No entanto, nesses registros é possível observar o nome e o número de telefone de uma terceira pessoa — “Carlao Carlos Pim Banc” (+1 786 337-1938, dos Estados Unidos) — que, na realidade, é o senhor Carlos de La Cruz Hyppolito, sócio do Pinbank Brasil.

Portanto, trata-se de outra pessoa. Carlos Augusto Ferreira reitera que não tem qualquer ligação com o fato investigado. Munido dessas informações, comunicou a Defesa e o Ministério Público para as devidas providências.