Maringa

Empresário de Maringá lança impostômetro só com dados do município

Empresário de Maringá lança impostômetro só com dados do município

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Imagem Ilustrativa | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Com o objetivo de promover reflexão sobre justiça tributária, o empresário Roberto Francischini Junior criou um impostômetro só com dados de Maringá. A ideia surgiu em um grupo de empresários e está disponível no site: https://impostometromaringa.com.br/. 

Os dados foram levantados e tabulados por um colega de Roberto que foi candidato a vereador pelo Partido Novo e consideram o impostômetro nacional, informações do IBGE, do Tesouro Nacional e da Secretaria de Fazenda do Paraná. 

De acordo com as informações desse impostômetro, a cidade já arrecadou desde 1º de janeiro quase R$ 9 bilhões, mas apenas 18,76% desse montante voltaram aos cofres de Maringá na repartição do bolo tributário seguindo as regras do atual pacto federativo. O restante vai para o Estado e para a União. 

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“O dinheiro arrecadado em Maringá vai para os Governos Federal e Estadual e é usado para custear a máquina pública e subsidiar municípios economicamente inviáveis. Apenas uma pequena parcela retorna ao município. Isso não é exclusividade de Maringá. Quando mensuramos o valor que deixa de retornar, percebemos o impacto real: poderíamos construir hospitais, casas, investir em infraestrutura e saúde. É dinheiro que faz falta no dia a dia da cidade”, afirma o empresário. 

Roberto compara o impostômetro Maringá com o Feirão do Imposto, iniciativa do Copejem. “O Feirão do Imposto é uma iniciativa importante para conscientizar a população sobre a carga tributária presente no dia a dia, mostrando, por exemplo, os impostos embutidos em produtos como a gasolina. A ação ocorre apenas uma ou duas vezes por ano e tem bom alcance, mas poderia ser ampliada. Ferramentas como o impostômetro ajudam a traduzir os valores bilionários em números mais próximos da realidade do cidadão, facilitando a compreensão do impacto dos impostos. O feirão, portanto, complementa esse trabalho de conscientização em Maringá”, explica. 

O empresário diz que a sociedade precisa refletir sobre os municípios que não são viáveis e dependem dos impostos de outras cidades. “Segundo a Federação Nacional dos Municípios, cerca de 1.200 cidades brasileiras não são financeiramente viáveis e dependem de subsídios de municípios que arrecadam mais. Com isso, parte do dinheiro gerado em Maringá é destinado a outras localidades, em vez de atender às demandas locais. O resultado é um orçamento apertado, que obriga o município a depender de repasses estaduais e federais para viabilizar obras e projetos que poderiam ser custeados com recursos próprios, caso a distribuição fosse mais justa”, afirma.