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Fraude de R$ 6,3 bilhões: ‘Careca do INSS’ é preso por esquema de descontos ilegais de aposentadorias e pensões

Fraude de R$ 6,3 bilhões: 'Careca do INSS' é preso por esquema de descontos ilegais de aposentadorias e pensões

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Na manhã desta sexta-feira (12), a Polícia Federal prendeu Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti, ambos suspeitos de participarem de fraudes envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A operação desta sexta (12), batizada de Cambota, é um desdobramento da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema bilionário de descontos indevidos em aposentadorias e pensões.

A ação apura crimes de: impedimento ou embaraço de investigação de organização criminosa; dilapidação e ocultação de patrimônio e possível obstrução da investigação por parte de alguns investigados.

Segundo a Polícia Federal, o “Careca do INSS” é apontado como um dos principais operadores no esquema. Já Maurício Camisotti é suspeito de ser sócio oculto de uma das associações envolvidas nas fraudes.

Os agentes cumpriram os dois mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão no estado de São Paulo e no Distrito Federal. Foram apreendidos dinheiro em espécie, um carro de luxo, uma réplica da McLaren de Ayrton Senna e vários relógios. 

Os policiais federais também cumpriram mandados de busca na casa e no escritório do advogado Nelson Willians, suspeito de realizar transações financeiras com Camisotti e uma das associações envolvidas no esquema de descontos indevidos do INSS. 

As investigações indicam que integrantes do INSS e de associações desviaram até R$ 6,3 bilhões, entre 2019 e 2024, em recursos de aposentados e pensionistas por meio da folha de pagamento.

As vítimas da fraude tiveram descontos não autorizados em seus benefícios. A Polícia Federal aponta que empresas ligadas ao “Careca do INSS” funcionavam como intermediárias financeiras das associações suspeitas, recebiam os recursos desviados e, em seguida, repassavam os valores para pessoas vinculadas às entidades ou a servidores do INSS.

No total, as pessoas e empresas relacionadas ao lobista receberam R$ 53,5 milhões de desvios. Além disso, R$ 9,3 milhões teria sido repassado para servidores do INSS suspeitos de corrupção.