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Brinquedos e presentes marcam o Dia das Crianças, mas ouvir o que elas têm a dizer ainda é pouco valorizado.
Dar espaço para que crianças expressem sentimentos, pensamentos e desejos contribui diretamente para o desenvolvimento emocional e cognitivo, segundo pesquisas recentes. Estudos da Fundação SM e do Instituto Alana indicam que crianças ouvidas apresentam maior autoestima, engajamento escolar e melhores relações interpessoais.
Para a psicóloga e escritora Vanessa Miranda, a escuta ativa exige presença e empatia.
“Escutar é mais do que esperar a vez de falar. É compreender o que a criança tenta comunicar, mesmo com gestos, olhares ou silêncio”, afirma.
Radicada em Maringá (PR), Vanessa estudou Psicologia nos Estados Unidos e especializou-se em Terapia Cognitivo-Comportamental para crianças e adolescentes. Foi a primeira brasileira a estudar Aprendizagem Investigativa no Exploratorium Museum, em São Francisco.
De volta ao Brasil, fundou a Oficina dos Inventores, projeto que promove experiências educativas baseadas em ciência, arte e curiosidade. Suas publicações incluem A Dona Aranha e o Espelho, TransFor.Me Discoveries, Criacurativa e Socioemocional +STEAM.
O livro mais recente, Criatividade para Escuta Ativa, oferece recursos lúdicos para escolas, hospitais e projetos comunitários. Ele combina histórias em quadrinhos, teatro de bonecos, atividades de expressão emocional e adesivos interativos, criando um ambiente seguro para a criança se expressar.
Segundo Vanessa, escuta genuína promove confiança, autonomia e segurança emocional. Ela reforça que a brincadeira é uma das formas mais eficazes de comunicação infantil e que adultos atentos ajudam a prevenir silêncios que podem esconder sofrimento.
Vanessa Miranda atua como consultora pedagógica, palestrante e autora, desenvolvendo metodologias que unem educação, ciência e saúde emocional, com foco no fortalecimento da infância e do aprendizado crítico.