Maringa

Maringá tem 30 mil árvores frutíferas nas calçadas; descubra as espécies mais comuns e as proibidas por lei

Maringá tem 30 mil árvores frutíferas nas calçadas; descubra as espécies mais comuns e as proibidas por lei

1
Fotos: Fábio Castaldelli

Das 142 mil árvores da área urbana de Maringá, quase 30 mil são de espécies frutíferas plantadas em calçadas e canteiros da cidade. A oiti lidera a lista com um número expressivo: 21.850 árvores. Em seguida, aparece a mangueira, com 2.009 unidades, e, em terceiro lugar, a aroeira-pimenta, com 1.550.

Segundo o engenheiro florestal do Instituto Ambiental de Maringá (IAM), Maurício Sampaio, a grande maioria foi plantada pela própria população, sem a devida orientação. Por isso, alguns casos acabam gerando transtornos. “Espécies como mangueiras, coqueiros e abacateiros geram frutos pesados, que podem tanto danificar veículos como causar acidentes, se atingirem um pedestre, por exemplo”, explica.

Para evitar situações como essas, há até uma lei em Maringá que proíbe o plantio de algumas espécies. O texto, de 2008, determina: “Fica proibido, na faixa de passeio público do Município de Maringá, o plantio de mangueiras, jaqueiras, abacateiros, coqueiros e de outras espécies de árvores frutíferas, definidas em regulamento, que possam causar danos ao patrimônio particular ou aos transeuntes.”

Porém, na prática, a fiscalização só ocorre por meio de denúncias, e os cortes são realizados de acordo com o risco que as árvores oferecem, seguindo uma lista de prioridades.

Espécies

Entre as espécies de árvores frutíferas mais conhecidas plantadas em Maringá estão coqueiros, pés de pitanga, abacate, goiaba, ameixa, laranja, tangerina, romã, jaca, pinha, amora, limão, jabuticaba, tâmaras, acerola, caju e ingá.

Mas a lista também inclui espécies menos comuns e até desconhecidas da população, como cacau-do-brejo, jambolão, jatobá, araçá, cajamanga, chicha, jambo-vermelho, figueira-chilena, maçã-de-elefante, jenipapo, jaracatiá, pitomba, tamarindo, jambo-amarelo, seriguela, uva-do-Japão, uvaia, araucária, pupunha, carambola e gabiroba.

Alimento para a fauna

Maurício explica que, apesar de algumas espécies causarem transtornos, outras servem de alimento para aves e pequenos mamíferos, como saguis, macacos-prego e morcegos, que ajudam no equilíbrio ambiental. É o caso da acerola, do araçá, do ingá e da gabiroba.

“A área que fica entre o Parque do Ingá e o Bosque 2 funciona como uma espécie de corredor ecológico, por onde alguns animais se deslocam e também se alimentam dos frutos dessas árvores”, diz.

Para consumo humano, alguns frutos não são recomendados

No entanto, para o consumo humano, há algumas restrições. Estudos científicos indicam que árvores frutíferas plantadas em locais com grande fluxo de veículos acumulam metais pesados, que podem trazer prejuízos à saúde. A concentração dessas substâncias se deve à poluição do ar causada pelo tráfego intenso.

“Essa questão gera problemas maiores nas avenidas e ruas mais movimentadas, onde há muito fluxo de veículos, principalmente de caminhões e ônibus.Nas ruas de bairros com pouco movimento, acredito que esse problema seja bem menor”, afirma.