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O secretário de Saúde de Maringá, Antônio Carlos Nardi, comentou polêmicas envolvendo o atendimento na UPA Zona Norte, uma das unidades mais movimentadas da cidade. Em entrevista ao podcast Ponto a Ponto, produzido pelo Maringá Post em parceria com a V Mark Estúdio, ele afirmou que a UPA já está operando com número de médicos acima do exigido pelo Ministério da Saúde.
“A UPA Zona Norte é de porte dois e deveria ter cinco médicos na porta. Hoje temos entre oito e dez médicos por turno. Alguns profissionais que não se adequaram já saíram e foram repostos. O objetivo é atender o anseio da população”, explicou Nardi, citando ainda o apoio do Conselho Regional de Medicina e da direção da unidade.
Além do número de médicos, o secretário destacou outro problema que pressiona os atendimentos: a busca de pacientes por serviços que não são de urgência, como receitas de medicamentos de uso contínuo e atestados médicos.
Segundo ele, as UPAs funcionam com a classificação de risco de Manchester, sistema internacional que estabelece prazos de espera conforme a gravidade do caso. “O paciente de pulseira verde pode aguardar até cinco horas porque a prioridade é para o infarto, o trauma, o aneurisma. Mas ainda há quem procure a UPA apenas para conseguir um atestado. Isso gera sobrecarga desnecessária”, disse.
Nardi lembrou de outro problema que sobrecarrega as unidades de pronto atendimento: a procura por atestado médico. Segundo ele, muita gente procura as UPAs a fim de obter justificativa para a ausência no trabalho. Porém, conforme Nardi, o atestado é um ato discricionário do médico e não uma obrigação automática. A situação, de acordo com ele, não ocorre apenas em Maringá, mas também em municípios vizinhos como Sarandi, Mandaguaçu, Marialva e Mandaguari.
O corte faz parte do episódio completo do Ponto a Ponto, que pode ser assistido no canal do Maringá Post no YouTube.