O governo do Paraná confirmou a compra de 424 ampolas do antídoto contra metanol, após o registro de três novos casos suspeitos de intoxicação no Estado.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), os novos casos suspeitos são de dois pacientes de Curitiba e um de Piên. Todos estão internados e relataram ter consumido bebidas alcoólicas antes dos sintomas.
O Paraná soma três casos confirmados de intoxicação por metanol, todos em homens de Curitiba, com idades entre 36 e 71 anos. Outros dois casos, em Maringá e Toledo, seguem em análise.
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De acordo com o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, as ampolas de etanol farmacêutico, substância usada como antídoto para metanol, devem chegar ao Estado na próxima semana.
O Ministério da Saúde já havia enviado 360 ampolas, encaminhadas diretamente aos hospitais que tratam pacientes intoxicados.
O secretário destacou que o momento exige cautela, mas não pânico.
Como o antídoto contra metanol funciona
O antídoto do metanol é administrado com base em critérios clínicos e laboratoriais, e a dosagem varia conforme o peso e o quadro do paciente. O tratamento começa com uma dose de ataque, seguida de doses de manutenção, que podem durar até 24 horas.
Em casos graves, um paciente de 100 quilos pode necessitar de até 100 ampolas durante o tratamento. Segundo a Sesa, três pacientes no Paraná já receberam o antídoto, e o Estado aguarda um novo envio do medicamento pelo governo federal.
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Sintomas e sinais de alerta da intoxicação por metanol
A Sesa reforça que não é possível identificar o metanol pelo cheiro ou sabor da bebida, já que ele não altera suas características. Os sintomas da intoxicação podem surgir entre 12 e 24 horas após a ingestão, e muitas vezes se confundem com os de uma ressaca comum.
- Sintomas iniciais (6 a 24 horas):
- Dor de cabeça intensa;
- Náuseas e vômitos;
- Tontura e sonolência;
- Confusão mental e falta de coordenação.
- Sintomas graves (após 24 horas):
- Dor abdominal severa;
- Alterações visuais (visão turva, pontos escuros ou cegueira súbita);
- Dificuldade respiratória e convulsões;
- Risco de coma e morte.
Em caso de sintomas, o paciente deve procurar atendimento médico imediato.
Onde buscar atendimento e informações
Todos os casos suspeitos devem ser comunicados à Sesa e aos Centros de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), que oferecem suporte clínico e orientação:
- Curitiba: 0800 041 0148
- Londrina: (43) 3371-2244
- Maringá: (44) 3011-9127
- Cascavel: (45) 3321-5261
Para mais informações sobre saúde, acesse o Massa.com.br.















