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Pesquisadores do Instituto de Pesca de São Paulo participaram, nos dias 4 e 5 de setembro, de uma capacitação na Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu. O objetivo foi conhecer as práticas adotadas no monitoramento da ictiofauna do Rio Paraná, como a marcação de peixes, o repovoamento de espécies e o uso de tecnologias de acompanhamento das populações aquáticas.
De acordo com a bióloga Caroline Henn, da Divisão de Reservatório da Itaipu, a experiência com telemetria – técnica que utiliza microchips e antenas no Canal da Piracema para monitorar a migração – foi um dos principais pontos de interesse da visita. Ela também destacou que a Binacional deve ampliar a parceria com o Instituto em pesquisas de aquicultura em tanques de grande volume.
O Instituto de Pesca, ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, prepara um projeto em parceria com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), no Alto Tietê. A pesquisadora científica Lídia Sumile Maruyama explicou que o levantamento da ictiofauna nativa é exigência ambiental para atividades de captação de água e será essencial para avaliar a necessidade de recomposição das espécies locais.
O pesquisador Wander Bruno dos Santos ressaltou que a troca de experiências com a Itaipu deve auxiliar na aplicação de tecnologias inovadoras no estado de São Paulo, especialmente no repovoamento e na marcação de peixes.
A programação incluiu uma oficina prática de marcação de peixes, na qual os visitantes realizaram o implante de microchips. Para muitos, como o mestrando Lucas Rosan Furquin, foi a primeira experiência do tipo. Ele avaliou que o aprendizado terá impacto tanto acadêmico quanto profissional.