Uma investigação do Gaeco revelou que policiais rodoviários cobravam propina de motoristas no Paraná para evitar multas. Os agentes utilizavam inclusive QR Code e até o wi-fi do batalhão para facilitar as transferências via Pix.
De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), os policiais rodoviários estaduais abordavam motoristas e ofereciam um QR Code para pagamento em Pix quando as vítimas afirmavam não ter dinheiro em espécie.
Em trechos sem cobertura de celular, os agentes chegavam a disponibilizar a internet do próprio celular ou o wi-fi do batalhão para que o pagamento fosse feito. Veja:
Esquema criminoso fez centenas de vítimas
As investigações apontam que pelo menos 100 motoristas, a maioria caminhoneiros, foram vítimas do esquema. Em um dos vídeos obtidos pelo Gaeco, um caminhoneiro é liberado da blitz logo após concluir a transferência bancária.
Na terça-feira (7), os policiais suspeitos foram alvo das operações “Rota 466” e “Via Pix”, ambas conduzidas pelo Gaeco. A ação resultou em um policial preso e dez afastados das funções.
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PM acompanha as investigações
Em nota, a Polícia Militar do Paraná (PMPR) informou que acompanha todas as diligências. O órgão afirmou ainda que todas as informações oficiais sobre o caso serão divulgadas pelo Ministério Público do Estado do Paraná, responsável pela investigação. Confira a nota completa:
“A Polícia Militar do Paraná informa que, na manhã desta terça-feira (07/10), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), força-tarefa composta pelo Ministério Público, Polícia Militar e Polícia Civil, deflagrou uma operação nos municípios da região dos Campos Gerais e Centro-Sul do Estado. O trabalho foi conduzido pelos núcleos do GAECO de Ponta Grossa e Guarapuava, com apoio irrestrito da Corregedoria-Geral da Polícia Militar e participação ativa do Comando Regional da PM em Ponta Grossa (CRPM). A ação teve como objetivo o cumprimento de mandados judiciais relacionados a investigações conduzidas pelo Ministério Público do Paraná. Até o momento, dez militares estaduais foram afastados de suas funções e um mandado de prisão foi cumprido. A Corregedoria-Geral da PMPR acompanha todas as diligências de forma presencial, assegurando a transparência e a legalidade dos procedimentos. Outras informações serão divulgadas exclusivamente pelo Ministério Público do Estado do Paraná, responsável pela investigação.”
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